domingo, 27 de novembro de 2011

Dura Realidade de uma Comunidade Quilombola... Essa Historia é veridica























Tenho percorrido muito por esse mundo afora
O que passo a relatar nesse momento
É acontecimento
De uma comunidade Quilombola.

Essa comunidade conhecida por sitio angico
Para ser mais especifico
Desde da época da escravidão
Todos tinham um só pensamento
E a todo o momento estavam em união

Vamos voltar ao passado, por favor, fique calado
Preste bastante atenção
Essa é uma historia de uma humilde senhora
Josefa Maria da conceição.

No século dezessete a coisa complicou
Os negros libertos foram espertos
Para as bandas de cá, migrou.

Palmares foi atacado e os negros se espalharam
Conta meus antepassados com uns fardos bem pesado
Os negros aqui chegaram.

Os negros do quilombo de capa caça
Travaram uma batalha com os holandeses
Em numerosas vezes ate desistir
É bom lembrar que também vieram pra cá
E ate hoje tem gente aqui.

Quilombo dos macacos foi os primeiros a chegar
Com tanta migração cresce firme em união
E veja hoje como estar.

Depois de muito tempo a comunidade foi crescendo
A população foi aumentando as coisas melhorando
E nossa gente desenvolvendo.

Renda financeira na aquela época quase não tinha
Foi com a união que nossa população construiu
Suas casinhas.

Gente de outros sítios viu as coisas por aqui desenrola
Logo pega sua família sem ter hora nem dia
Parte pras bandas de cá.

Muitos que aqui vieram foi em busca de parente
Não importava o motivo importante é estar vivo
Assim conta nossa gente.



A historia ta ficando boa, a cada estrofe curioso fico
Já que estou lendo percebo as coisas desenvolvendo
Por que deram o nome de angico!

Segundo dona Zefa, a demanda das árvores era de mais
Acredite meu rapaz elas curavam ate doença
Coisa que a ciência não explicará jamais.

Servia para toda utilidade, pode crer quer é verdade
Ate de alimentação para animal
As cabras se divertiam e os donos não temiam
Que elas passassem mal.

Temos o orgulho de ter aqui rezadeira
Que muito benzeu a nossa população,
Nossa comunidade é um livro aberto
Tivemos o prazer de conhecer de Perto
Dona Maria da conceição.

Dona Maria Dionísia, Parteira
Um dom que Deus lhe concedeu,
Muitas mulheres com a força dela deram a luz
Acredite em Jesus
Graças a Deus nenhuma morreu.

Numa entrevista que li fiquei abismado
Dona Maria fez o parto de mais de cem mulheres
Acredite se quiserem
Ate-me deixou impressionado.

Seu João de SALÚ também fala dos seus ancestrais
É linda essa historia guardei aqui na memória
Não esquecerei jamais.

Água aqui era feito pé de cobra
Andava-se légua e meia nas noites de lua cheia
Em baixo das agaroba.

Em minha opinião isso que é coragem,
Sair de casa com pote nas costa
Muitas vezes voltar sem resposta
Por não encontrar açude nem barragem.

Em algumas vezes encontrava água muitobarrenta,
Posso dizer a vocês nos tempos de hoje talvez
Chamaríamos de nojenta.






Quando não encontrava, pegava um pote
E ia pra rua, a realidade nua e crua
Aquilo não era vida para ninguém,
Ele falava quero água o cabra
Dizia tem
Quero um pote, quer que anote!
Custa só um vintém.

Quando não tinha dinheiro, parceiro
Quero ver você acertar
Ele pegava uma foice e uma peneira
Subia uma ladeira para tirar água
Do gravatá.

Danado era a água que ele pegava
Minha avó coava
Mas ficava quase do mesmo jeito,
Nós enchíamos a barriga não tinha briga,
Todos ficavam satisfeitos.

Apesar de a realidade ser um pouco dura
Ana Maria da Conceição coberta de razão
Fala da nossa cultura

No meu tempo era linda a brincadeira,
Tinha as danças de terreiro à luz do candeeiro
E festa da padroeira.

Vamos aprofundar um pouco,
Quando construíam as casas
As meninas cheia de asas
Dançava um samba de coco.

O rapaz ficava alerto não chegava nem perto
Ele não era besta não,
Seu compromisso era tapar a parede
E o pai da menina numa rede
Prestando bastante atenção.

Aquelas moças, mas ousadas
Dançavam o reisado
Lembro da canção que bate meu coração
Há se voltasse o passado.

Veja essa musica que ficou na minha mente
Guardo ate hoje com orgulho eu gostava do barulho
Que fazia aquela gente.





“seu filadelson dono da renovação
Me me preste cinco milhão
Pra eu enfeitar meu figurá
Se não me dé veja que opinião
Tem expedito amará na fazenda riachão

Tinha a dança do quilombo
Que sempre estava ativa,
Hoje a minha felicidade
É saber que as meninas da comunidade
Mantém a cultura viva.

As terras daqui, os negros que era os donos
Depois chega uns ricão bancando de patrão
Para perturbar nossos sonos.

Mas o negro não perdeu, Arranjaram um dinheiro
E pagaram em cruzeiro aquilo que era seu.

Com o passar do tempo vem uma seca danada
Nem trabalho de enxada se arranjava nesse lugar,
Muita gente sem demora foi embora
Para outras bandas morar.

Os que ficaram se virava como podia
Pegava olho de coqueiro bravo e a folha da upía
Para fazer beijú
Na época comiam de tudo para não ser absurdo
Pensava se o urubu.

O interessante é, que na época não tinha feira
Veja meu senhor que o agricultor
Se virava dessa maneira.

Vamos pegar uma carona,
O compadre trocava meio saco de feijão
Por meio de mamona
Era assim que eles faziam
Um a o outro ajudava nada faltava
Tudo se resolviam.

Olhando para trás muitas coisas mudaram,
Muita gente cresceu crianças lindas nasceu
E outros se espalharam.

A comunidade teve avanço não me canso
De falar da nossa realidade,
Pretendemos melhorar a cada dia
A minha alegria
É e ver a felicidade.


Hoje temos duas escolas, Para a nossa Educação
Temos um povo que se reúne, em pró da associação
Nosso povo é organizado e pego no pesado
Quando se tem precisão.

Doralice Rodrigues da silva
Aqui fez linda, a sua historia,
Deixou o tema educação
Que todos vivenciassem em união,
Depois com Jesus partiu pra gloria.

Plantou a paz semeou sua semente
Deu alegria para os tristes
Conforto pra os doentes
Deixou uma herança que ficará na lembrança
De cada um dos seus parentes.

Insinuou seus filhos como se deve trabalhar
Qual o trigo que se devem plantar
Veja o resultado que temos preservado
Agora irei relatar.

Aqui plantamos mandioca para fazer pé de moleque
Temos também a macaxeira que na feira
Vale cheque
Fazemos o abano com pedaço de pano
Ate aprender fazer o leque.

Temos o milho para fazer papa e angu
Damos para as galinhas e as sobrinhas
Jogamos para o peru.

Temos criação de porco
Vaca galinha e guiné, pois é
Temos o ganso e pavão,
A ovelha e a cabra têm ate a vaca brava
Que criava Sebastião.


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