sábado, 20 de outubro de 2012




Já contei historias engraçadas
De homem mulher e criança,
Mas pela primeira vez conto a vocês
Um pouco da minha infância.

Todo mundo tem historia engraçada
Ou algo para contar,
Lembro-me quando tinha doze anos
Me vestia nuns panos
E saia pra namorar.

Aquele namoro de criança, coisa de fantasia.
Eu metido a conquistador esse menino é namorador
Assim mamãe dizia.

Não sou muito novo, nem também sou ancião.
Lembro-me de Cicero Gome chamar o primeiro nome
A tal da televisão.

Por causa da dita, saímos ao anoitecer para assistir
A tal da novela,
Era eu e meu irmão um no outro agarrado no caução
Onde tinha uma fivela.

Nós andávamos agarrados para sempre estarmos juntos
Mudando de assunto
Não tinha como correr e o outro ficar,
Medo era conversa fiada se levasse uma topada
O outro tinha que arrastar.

Chagávamos na casa de Cicero Gome, tinha umas meninas para assistir.
Nós mudávamos o comportamento e na aquele momento
Começávamos a nos exibir.

La tinha um rapaz que dizia pense em dois moleques Corajoso,
 Nós cheio de asa, ficava orgulhoso
Pegava ate o cão e matava com a mão
O cabra metido a fogoso.

Todo aquele teatro, para as meninas achar nós bonitos.
Para não dizer meio, nós éramos um pouco feio
Em outras línguas esquisitos.

A novela terminava e nós era os valentão
Eu olhava pra meu irmão falava nossa senhora
Temos que ir embora e nossa valentia foi pra brogodó.
Saia cá peste na carreira subia e descia ladeira
Em um suspiro só.




Um dia de sexta feira nós vinha na carreira
 topamos um cara de branco, feio que só o cranco
feito picho do mato.
Mas fomos ver de perto, meu irmão foi mais esperto
E deu foi no sapato.

Fui chegando mais perto pensando que meu irmão estava comigo
Percebendo o perigo me virei para trás,
Meu irmão não estava mais já tinha dado no pé.
Eu nem chorava e nem gemia  a única coisa que fazia
Era tremer feito vara verde de café.

Fui botando na cabeça que aquilo era bobagem
Criei um pouco de coragem e pulei dentro do mato
O pulo foi tão medonho que aquele severgonho
Ficou com meu sapato.

Da aquele dia pra cá, ficamos com remoço
Só andávamos bem cedo porque, quem  quase nos mata de medo
Era o diabo de um primo nosso.

O pessoal ficou sabendo e se lascaram de ri
Nós com a cara de pamonha ficamos com vergonha
E a novela, nunca mais fomos assistir.














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