blogueiro assassinado |
O Parlamento iraniano concluiu que a polícia destinada a monitorar a internet é responsável pela morte de Sattar Beheshti, blogueiro crítico do regime assassinado em uma delegacia de Teerã, em novembro, informou a Folha de S.Paulo, nesta terça-feira (8/1).
A morte do blogueiro gerou indignação dentro e fora do Irã e trouxe de volta à tona acusações de violação de direitos humanos pelo governo iraniano.
Segundo o relatório parlamentar divulgado na última segunda (7/1), o comando da polícia cibernética cometeu uma série de erros, como a decisão sem base legal de transferir Beheshti da prisão onde estava após ser detido em casa para um centro da polícia cibernética sem estrutura adequada.
O local, onde a morte do blogueiro foi decretada no último dia 3 de novembro, deveria ter câmeras internas de supervisão. O relatório diz ainda que havia ferimentos por todo o corpo de Beheshti, mas ressalta que a morte foi causada por um "choque", não especificado.
Segundo o documento, os policiais que prenderam o blogueiro cinco dias antes de sua morte tinham mandado de prisão. O suspeito reconheceu as acusações de propaganda contra a República Islâmica e insulto aos valores nacionais. Mesmo assim, os parlamentares concluíram que não havia "base legal" para "sujeitar Beheshti a pressão física e psicológica".
Três oficiais da polícia cibernética foram presos e o chefe da organização perdeu o cargo. O relatório cobra uma investigação abrangente e exige maior supervisão dos centros de detenção.
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