domingo, 15 de julho de 2018

Um Roubo e uma História





CORDEL



Eu era apenas um garoto
Quando comecei tomar vinho jurubeba.
E para manter minha patente
Eu andava hora e meia numa jega,
Era pra se lascar
Eu ia caçar prear
Ou me atracar com um peba.

Acredite meus amigos
Tomar vinho puro dar desgosto,
Eu tinha que pegar peba
Pois servia de tira gosto
 Eu e um colega
Aquele fi de uma égua
Era mermo que um encosto

Viciou-me em cachaça
Me levou a perdição
Quando não pegava peba
Nós brincava de ser ladrão
Pra fazer raiva a dona Zefinha
Nós roubava suas galinhas
Pra tomar com alcatrão.


O pecado foi tão medonho
Que roubamos uma sega,
Saímos por ali desconfiado
Nos espinhaço da nossa jegua,
Pra pouca conversa fiada
A nossa primeira parada
Foi no diabo da budega.

A dona do estabelecimento
Era nossa comparsa,
Pelava a galinha
E a nós fazia ameaça.
Se nós não desse a metade
Ela ia falar a verdade
Seria o fim da nossa desgraça

Ai um certo dia nós pra se vingar da magrela
Pulamos o quintal
E fomos roubar ela
A coisa quase fedeu
Pois a malvada percebeu
Que a penosa era dela

Foram 50 dias de confusão
E fomos parar na cadeia
Se não fosse papai eu tinha levado Era peia
E a misera daquela veia
Do buxo cheio de peia
Ate hoje me aperreia











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