CORDEL
Eu
era apenas um garoto
Quando
comecei tomar vinho jurubeba.
E
para manter minha patente
Eu
andava hora e meia numa jega,
Era
pra se lascar
Eu
ia caçar prear
Ou
me atracar com um peba.
Acredite
meus amigos
Tomar
vinho puro dar desgosto,
Eu
tinha que pegar peba
Pois
servia de tira gosto
Eu e um colega
Aquele
fi de uma égua
Era
mermo que um encosto
Viciou-me
em cachaça
Me
levou a perdição
Quando
não pegava peba
Nós
brincava de ser ladrão
Pra
fazer raiva a dona Zefinha
Nós
roubava suas galinhas
Pra
tomar com alcatrão.
O
pecado foi tão medonho
Que
roubamos uma sega,
Saímos
por ali desconfiado
Nos
espinhaço da nossa jegua,
Pra
pouca conversa fiada
A
nossa primeira parada
Foi
no diabo da budega.
A
dona do estabelecimento
Era
nossa comparsa,
Pelava
a galinha
E
a nós fazia ameaça.
Se
nós não desse a metade
Ela
ia falar a verdade
Seria
o fim da nossa desgraça
Ai
um certo dia nós pra se vingar da magrela
Pulamos
o quintal
E
fomos roubar ela
A
coisa quase fedeu
Pois
a malvada percebeu
Que
a penosa era dela
Foram
50 dias de confusão
E
fomos parar na cadeia
Se
não fosse papai eu tinha levado Era peia
E
a misera daquela veia
Do
buxo cheio de peia
Ate
hoje me aperreia
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